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28
Setembro

Terminal Santa Clara retomará operação com contêineres



A Wilson Sons - operadora de serviços portuários - e a Braskem, acertaram uma parceria para reativar a movimentação de contêineres a partir do Terminal Santa Clara, localizado no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). O acordo marcará a retomada do transporte desse tipo de carga pelo Rio Jacuí entre Triunfo e o Porto de Rio Grande. A iniciativa oferece ao mercado uma solução com alternativas para redução de custos logísticos e operacionais - uma crescente demanda no contexto nacional e internacional.



Batizado de CONTESC, o Terminal renasce com capacidade de movimentação de carga de 100 mil TEU, que representa 15% do volume de contêineres movimentados no Tecon Rio Grande, ratificando a proposta de ser um canal oficial de ligação do setor produtivo das regiões centro norte do Estado com o Porto de Rio Grande.



 “A movimentação de contêineres será feita a partir do Pier IV do Terminal Santa Clara, originalmente construído para esse fim, mas depois adaptado para receber etanol, que passou a ter uma movimentação maior por ferrovias, possibilitando a reabertura do terminal de cargas”, afirma Hardi Schuck, diretor de logística da Braskem.



A Wilport, empresa do Grupo Wilson Sons, será a responsável pela operação e prospecção de empresas para que movimentem suas cargas para Rio Grande via Terminal Santa Clara onde, no Pier IV, especializado na movimentação de contêineres, passará a ser CONTESC. Inicialmente, o CONTESC será ponto de partida para transportar, pela hidrovia, grande parte das cargas de resinas da Braskem para Rio Grande, embarcadas atualmente por rodovia.  



Conforme o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, o Terminal está situado em uma área com potencial de movimentação de carga de 100 mil TEU, considerando produtos como resinas, congelados, fumo, máquinas, couro, aço, móveis, cavaco de madeira, entre outros, de empresas localizadas em raio de até 100 km do Polo Petroquímico do RS. “Trata-se de um projeto altamente estratégico para o Estado. Teremos um modal no qual conseguiremos criar melhorias, alavancar projetos logísticos com redução de custos, eliminar riscos de acidentes e avarias, reduzindo um grande percentual de emissão de gases”, afirma Bertinetti.



Como o calado do Rio Jacuí não permite o acesso de navios de grande porte, os Terminais de Santa Clara e Rio Grande foram concebidos para operar de forma integrada. Os carregamentos são feitos em embarcações menores classificadas para navegação interior no Terminal de Santa Clara e enviados para Rio Grande onde são carregados em navios maiores de longo curso e cabotagem. Os dois Terminais foram concebidos interligados como parte da mesma solução logística do Polo Petroquímico. “O acordo vai aumentar expressivamente o fluxo de cargas do Polo Petroquímico, em Triunfo, e o Porto de Rio Grande, que até então estava restrito a cargas líquidas da Braskem”, afirma Schuck.



O início da operação está prevista para este mês. Para isso, porém, é necessário ter escala. Para isso, as movimentações contarão com a embarcação Guaíba, em uma parceria com a Navegação Guarita: “Duas viagens (ida e volta) semanais, entre Rio Grande e Triunfo, feitas por esta embarcação, com capacidade para 170 TEU, e com pelo menos 85% desse potencial preenchido atendem à demanda”, finaliza Bertinetti.



Com o retorno do deslocamento de contêineres pelos meios fluviais, o Tecon Rio Grande será um dos únicos Terminais de Contêineres do Brasil que poderá ser acessado pelos três modais: hidroviário, rodoviário e ferroviário.


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