Entrevista: Sandro Hansen destaca trabalho da Comissão de Gestão Ambiental do Cofip
No próximo dia 6 de junho, o Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofip) promove, em parceria com a Corsan e a Feevale, o seminário Reúso, que trata sobre a utilização de efluentes no Polo Petroquímico. O evento, que será realizado no Sitel, pode ser visto como uma ação estratégica da Comissão de Gestão Ambiental (CGA) do Cofip.
Na CGA, Sandro Hansen é o sponsor, ponto-focal do Conselho de Administração do Cofip junto à comissão. Engenheiro sanitarista e ambiental, Hansen é diretor da BRK Ambiental para Triunfo e tem sob sua responsabilidade a operação da BRK Ambiental, que fornece água industrial e potável para as indústrias do Polo. Como conselheiro do Cofip desde 2014 e na CGA desde 2018, o diretor explica que a comissão realiza atividades com características mais operacionais, mas de grande importância para o dia a dia das empresas.
Hansen observa que projetos como o Reúso estão alinhados ao objetivo das empresas associadas ao Cofip, que é ter o mínimo impacto na comunidade e no meio ambiente. “O meio ambiente tem que ser protegido, e existem oportunidades de sinergia e de aproveitamento das vantagens competitivas do Polo Petroquímico que podem gerar mais empregos e desenvolvimento sustentável”, destaca.
Na entrevista abaixo, Hansen explica um pouco mais sobre a CGA e seu papel no Polo Petroquímico.
Como é formada a Comissão de Gestão Ambiental e qual o seu objetivo?
Sandro Hansen - A Comissão de Gestão Ambiental do Cofip é formada por profissionais das áreas de meio ambiente indicados pelas empresas associadas. O objetivo é acompanhar as ações ambientais conjuntas, com foco nos prestadores de serviço de gerenciamento, disposição e tratamento de resíduos. Também acompanhamos o desempenho do sistema de tratamento de efluentes, que é conjunto para todas as empresas e operado pela Corsan. Atualmente, a Comissão de Gestão Ambiental também cresceu em importância com o processo de licenciamento ambiental do Polo Petroquímico como Polo Industrial, que está em andamento e visa um maior desenvolvimento econômico sustentável.
Quais as iniciativas realizadas pela Comissão e de que maneira elas impactam a comunidade?
Sandro Hansen - São realizadas atividades com características mais operacionais, porém importantes para o dia a dia das empresas, como as auditorias nas empresas de gestão de resíduos e prestadores de serviço de disposição final e tratamento de resíduos. Periodicamente também é realizada uma reunião com a Corsan para acompanhamento dos sistemas de tratamento de efluentes. Mensalmente a Comissão de Gestão Ambiental se reúne para discutir os desafios ambientais das empresas e para o acompanhamento de ações estratégicas. Uma delas é o licenciamento ambiental como distrito industrial, que está em andamento. O principal objetivo das empresas associadas ao Cofip é ter o mínimo impacto na comunidade e no meio ambiente ao redor do Polo Petroquímico. Para tanto, os controles operacionais e monitoramentos ambientais são controlados e analisados. Também realizamos trabalhos de educação ambiental nas cidades da região, principalmente nas vizinhas, que são Montenegro, Triunfo e Nova Santa Rita.
Qual a importância da Comissão e de suas ações para o desenvolvimento das empresas e também do Polo como um todo?
Sandro Hansen - Meio Ambiente é um tema complexo e as empresas geram uma quantidade muito grande de dados de monitoramento de qualidade ambiental. Esses dados são informados para os órgãos de meio ambiente, mas existe uma certa dificuldade de compreensão e entendimento pela sociedade em geral do que seria efetivamente poluição ou não. Um grande desafio da Comissão de Gestão Ambiental é traduzir esses dados em informações claras e sintéticas, que são repassadas para o Conselho Comunitário Consultivo (CCC) e para a sociedade. O meio ambiente tem que ser protegido, e existem oportunidades de sinergia e de aproveitamento das vantagens competitivas do Polo Petroquímico que podem gerar mais empregos e desenvolvimento sustentável.